Teóricos e Filósofos da Comunicação da Atualidade

SOBRE PIERRE LEVY

Entre todos os teóricos e filósofos da comunicação da atualidade, Pierre Lévy é com certeza o mais adulado. Não é à toa. Sensível no que tange às perspectivas tecnológicas, Lévy inclui em suas análises conceitos na área de informática, sociologia contemporânea, filosofia e história.

Pierre Lévy nasceu na Tunísia, em 1956, então colônia francesa. O período que corresponde de sua graduação primária a superior é desconhecido do público. Sua biografia se inicia em 1980, quando ele concluiu seu mestrado em História da Ciência na Universidade de Sorbonne, em Paris.

Três anos depois, Lévy se doutourou em Sociologia e Ciências da Informação e da Comunicação, também em Paris. Seus estudos giraram em torno de cibernética e inteligência artificial.

Ainda na década de 80, Lévy tornou-se professor da Universidade de Quebec, em Montreal, no Canadá, lecionando sobre a utilidade dos computadores no processo da comunicação. Lá, dirigiu o departamento de comunicação do campus de 1987 a 1989.

De volta à França, o filósofo tornou-se professor de Ciências Educacionais na Universidade de Paris-Nanterre de 1990 a 1992. Revezou o trabalho com a investigação do Laboratório Neurope, em Genebra, Suíça, instituto que ajudou a fundar.

Em 1994, Lévy alcançou projeção mundial ao divulgar a "árvore de conhecimento", sistema do qual foi co-inventor juntamente com Michel Authier. Consistia em um software de cartografia e troca de conhecimento em comunidades.

No ano seguinte, lançaria seus primeiros livros, As Técnicas da Inteligência e A Árvore do Conhecimento, este em parceria com Authier. No Brasil, Lévy publicou cinco de seus livros. Entre eles, destacam-se O Que é Virtual? e Cibercultura, ambos lançados pela Editora 34. Neles, em linhas gerais, o guru expõe seu pensamento sobre a comunicação digital: um fenômeno com o poder de simplificar o acesso e a produção do conhecimento.

O cyberpensador já visitou o Brasil várias vezes - já chegou a declarar, inclusive, que seu coração é brasileiro. Na última delas, em agosto de 2002, atendendo à solicitação do Sesc Vila Mariana, Lévy palestrou para cerca de 500 pessoas. O assunto mais discutido foi a exclusão digital, o tema mais freqüente em suas palestras.

Atualmente, Lévy é professor da Universidade de Ottawa, no Canadá, onde dedica a maior parte de seu tempo ao estudo das novas tecnologias da comunicação, em especial a internet, e as implicações que elas reservam ao futuro. Soluciona dúvidas de diversos governos, organismos internacionais e multinacionais.

Pensamentos

Lévy é originário da escola européia; ao contrário dos filósofos tradicionais, abomina a dialética. Seu pensamento é direto, simples e objetivo, mas, ao mesmo tempo, profundo e reflexivo.

O teórico equilibra-se entre a visão otimista e a negativa quanto a utilidade das novas tecnologias da comunicação. Em O Que é Virtual? Lévy defende que não se deve avaliar sua serventia, mas sim "determinar em que direção prosseguir um processo de criação cultural irreversível".

Ele argumenta que as novas tecnologias não são nem boas, nem ruins: são neutras, peculiares de um novo biótipo humano. "O virtual está assimilado a um problema assim como o atual a uma solução", escreve. Conforme ele, o virtual não se opõe ao real e sim ao atual.

Para Lévy, antes de condenar as novas tecnologias da comunicação, os estudiosos deveriam analisá-las, aprendê-las e, prioritariamente, compreendê-las. A rapidez com que elas se desenvolvem, no entanto, limitam esse tipo de estudo, ocasionando no radicalismo popular: ora ao mar, ora ao céu. A seu ver, ainda é muito cedo para especular.
        NOSSA TURMA DE PEDAGOGIA - 2009.2




A WEBQUEST

SOBRE A WEBQUEST

"Webquest é uma atividade investigativa, em que alguma ou toda a informação com que os alunos interagem provém da Internet."
Bernie Dodge

Criada em 1995 por Bernie Dodge, professor da Universidade Estadual da Califórnia, a WebQuest tem sido utilizada por professores como uma atividade de aprendizagem cooperativa, que aproveita a imensa riqueza de informações da Internet através da investigação orientada. A ideia principal era facilitar a pesquisa dos alunos para que eles produzissem trabalhos escolares sobre qualquer tema.

Concebida e construída segundo uma estrutura lógica contendo os seguintes elementos estruturais: introdução, tarefa, processo, recursos, orientações, avaliação e conclusão. Não há conduta básica, mas são as propostas de trabalho que engajam os alunos nas tramas do aprender e dão alma a WQ. Um dos princípios do modelo e o de que as situações de aprendizagem precisam favorecer contatos dos alunos com materiais autênticos. Ou seja, é preciso fazer com que eles trabalhem com as fontes de informação comuns de nosso cotidiano (artigos, revistas, relatórios, sites da Web etc.).

Em geral, uma webquest é elaborada pelo professor, para ser solucionada pelos alunos, reunidos em grupos. A WebQuest sempre parte de um tema e propõe uma tarefa, que envolve consultar fontes de informação especialmente selecionadas pelo professor. Essas fontes (também chamadas de recursos) podem ser livros, vídeos, e mesmo pessoas a entrevistar, mas normalmente são sites ou páginas na Web. É comum que a Tarefa exija dos alunos a representação de papéis (faraó, arquiteto, escravo), para promover o contraste de pontos de vista ou a união de esforços em torno de um objetivo. Existem diversas formas para se concluir uma WQ: podemos solicitar desde uma simples apresentação através de um cartaz, uma apresentação em PowerPoint, vídeo, representação teatral, etc.

ABAIXO ALGUMAS WEBQUEST CONSTRUÍDAS POR PROFESSORES:

www.profjoaobatista.com.br/page7.php
rafaelnink.com/blog/category/recursos-educacionais/
crispassinato.wordpress.com/.../tipos-deprofessores-
www.erikamanzoti.com.br/?page_id=2
www.profmedeiros.com.br/tema10.asp
cybelemeyer.com.br/falandosobre/?m=200910
miriamsalles.info/wp/?tag=material-didatico&paged=14
www.andersonpimentel.pro.br/webradio/blog.doc
www.meuartigo.brasilescola.com › Educação
www.vanja.pro.br/
fabioalexandre.pro.br/7.html

PLANO DE AULA

PLANO DE AULA

O plano de aula deve ser elaborado seguindo as fases da aprendizagem, ou seja, deve seguir uma linha de ensino-aprendizagem contínua. São as fases de aprendizagem: apresentação, desenvolvimento e integração. Na apresentação o professor prepara a classe para a compreensão de novos conteúdos. No desenvolvimento acontece a análise. Nessa etapa acontece o processo de orientação e aprendizagem do aluno. É nessa etapa que acontece o estudo de um texto, a realização de um experimento, a resolução de exercícios, etc. A integração é a etapa final. Nessa fase o professor faz a verificação dos resultados obtidos pelos alunos na fase do desenvolvimento.

Criação de um Plano de Aula

O Mural Literário


1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:

Escola: Paulo Freire
Disciplina: Língua Portuguesa e Literatura
Ano: 6º
Turma: B
Professor: Jonathas M. do Carmo


2. OBJETIVO ESPECÍFICO:
• Produzir resenhas literárias.
• Saber reconhecer num texto os aspectos discursivos que necessitam de revisão e aprimorar o material.

3. OBJETIVOS GERAIS:
• Produção de texto.
• Revisão.

4. CONTEÚDOS CONCEITUAIS E ATITUDINAIS:
Conceituais:
• Produção de texto.
• Revisão.
Atitudinais:
• Interesse pelo conhecimento e pela compreensão dos conteúdos.

5. CONHECIMENTOS PRÉVIOS:
• Resenhas literárias publicadas na mídia e livros já lidos pela turma.

6. PROCEDIMENTOS DE ENSINO:
• Dividir a turma em 10 grupos, de 3 alunos, onde cada grupo ficará responsável por criação de textos de acordo com o material lido e pesquisado.
• O projeto seguirá algumas etapas que listamos a seguir:

1ª etapa
Reunião com os alunos e explicação que a finalidade delas é apresentar um trabalho final para apresentação. Seleção dos grupos, em número de 03 cada, para que analisem o que os textos escolhidos têm em comum com o tema proposto e a disciplina.

2ª etapa
Os textos produzidos serão colocados no mural da escola para serem lidos por outras pessoas. A produção será analisada por todo o grupo, seguindo algumas orientações. A revisão deve ocorrer durante a construção do próprio texto, priorizando alguns aspectos (coerência e pontuação, por exemplo).

3ª etapa
Cada grupo deve escolher algumas obras e produzir sua resenha. Vale lembrar que no início do texto deve haver as marcas desse gênero: o título, o autor, a editora e o nome de cada aluno.

4ª etapa
Os grupos deverão entregar sua produção para outro grupo para que estes revisem o texto feito por eles na 3ª etapa. Eles terão de discutir os aspectos já vistos coletivamente para que o material seja mais bem compreendido e sinalizar as sugestões com relatórios para os autores. Após a revisão, devolva as resenhas a seus autores, que podem ou não acatar o que os colegas sugeriram.

5ª etapa
Escolha de um dos textos produzidos e avaliados pelo grupo como bom, para ser revisado coletivamente. Transcrever no quadro (sem os erros ortográficos para que os alunos não se ocupem com essa correção). Explique os procedimentos para que todos pensem sobre a adequação das palavras e considerem outras formas de escrever. Questione se a organização do texto respeita o gênero. Os autores devem ter a palavra final sobre as mudanças sugeridas.

8. AVALIAÇÃO:
• Avaliaremos a coerência entre os resultados da produção dos grupos e os aspectos modificados na revisão. Participação nas atividades propostas e os objetivos operacionais. Será observado nas revisões, se os estudantes utilizaram elementos dos textos de referência para agregar qualidade às novas produções. É essencial que tenham conseguido alcançar os objetivos pretendidos. No caso de textos que apresentem muitos problemas, fazer nova revisão e discutir os aspectos que precisam ser melhorados.

9. TEMPO PREVISTO:
• Os trabalhos serão desenvolvidos na 2ª unidade.

10. REFERÊNCIA:
• Sites, resenhas literárias publicadas na mídia e livros sugeridos.


PRODUTO FINAL

• O Mural Literário

COM QUE ROUPA EU VOU?

COM QUE ROUPA EU VOU?



Há alguns anos tive o prazer de assistir uma palestra de um ilustre professor de filosofia da Universidade Federal da Bahia, chamado José Antônio – SAJA, Doutor em Letras pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Artes Visuais pela Universidade Federal da Bahia e Decano do Departamento de Filosofia da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal da Bahia. Cujo título, se não me trai a memória era: “DÊ-ME O SUPERFLUO QUE EU ESQUEÇO O ESSÊNCIAL”, nessa palestra ele nos falou que o carnaval da Bahia estava se tornando um evento para alguns poucos privilegiados. Para começar, a idade permitida para participar estava sendo determinada entre os quatorze e os vinte e cinco anos de idade, não mais permitindo que aqueles que, como eu, há muito já passou dessa idade, mas que ainda gosta de ver ou brincar o carnaval. Mas observo que os artistas que estes mesmos jovens cultuam tanto, seguem por toda a avenida, já passaram dos trinta anos há tempos.

Em outra oportunidade tive a grata satisfação de ouvir a palestra “PELOURINHO: DO OLHAR AO VÊR”, do prof. Carlos Linhares, Bacharel em Filosofia pela UCSal, Mestre em Sociologia pela UFBA e Doutor em Ciências Sociais e Saúde pela mesma instituição, Linhares é especialista em Processos Grupais e Coordenação de Grupos Operativos. Realizou cursos de Psicologia de Grupos na Pontifícia Universidad de Salamanca, Espanha, e em Psicologia da Educação, na Universitá Salesiana de Roma, Itália, onde ele discorria sobres os costumes dos tempos colônias pelas terras da Bahia e, fazendo um contraponto entre esses costumes e o carnaval nos dias de hoje. Falou-nos que os nobres andavam em liteiras, eram móveis domésticos – ou seja, cadeiras – que iam à rua. Geralmente eram transportadas nos ombros de negros escravos. Paralelamente, para as distâncias maiores foram adotadas as liteiras, de tração animal, com espaço interno para duas pessoas. As liteiras chegaram a ser usadas até o início do século XX nas regiões rurais do país. Não era elegante, nem nobre pisar no chão àquela época, coisa deixada para as pessoas de classes mais baixas e os negros. Os bem nascidos ficavam nas janelas dos palacetes a cuspir e jogar imundícies nos pobretões que passavam embaixo. Mudamos muito pouco desde então, substituíram as liteiras por cordas, os escravos por “cordeiros”, as sacadas dos palacetes pelos “camarotes”, estes tão ou mais luxuosos do que os palacetes, alguns custam verdadeiras fortunas para se ter acesso as mais diversas mordomias, algumas sem qualquer sentido para uma festa como o carnaval e por fim, mas não menos importantes, os abadas que substituíram as casacas, porém, representam da mesma forma um símbolo de nobreza e status. Ah! Não vamos nos esquecer do “pipoca”, denominação para aqueles milhares de anônimos que vão atrás dos Trios Elétricos, mas que são mantidos afastados dos “nobres” pelas cordas que cercam os blocos. A semelhança com os maltrapilhos dos tempos em que éramos a primeira capital do Brasil será mera coincidência?!

Enquanto estava escrevendo estas mal traçadas linhas, vejo ao meu lado uma revista que trás na capa o título: “VAI FERVER ALEGRIA NAS RUAS DA BAHIA”, dentro o artigo que diz "...Mas, sobretudo, a força maior é a intensa participação popular, misturando culturas e gente do Brasil e do mundo – de todas as origens, matizes e credos. Por tudo isso o carnaval de Salvador é considerado a maior festa de rua do planeta. Está no Guiness Book, o Livro dos Recordes...” (grifo nosso).

Lendo a entrevista “A GENTE PRECISA DEMOCRATIZAR A ALEGRIA” do antropólogo baiano Jaime Sodré, PhD em História da Cultura Negra, professor da UNEB e CEFET, Doutorando em História Social. Faço aqui uma reflexão sobre o que mudou nos desde os tempos do Brasil colônia, muito pouco ou quase nada a exclusão ainda se dá de diversas formas, os preconceitos são maiores porque englobou não só negros, mas também, os menos favorecidos, os milhões de “pipocas” que querem apenas ter um pouco de alegria nestes dias de carnaval.

Peço licença ao ilustre compositor Noel Rosa para, parodiando a letra de um bonito samba de sua autoria, digo: “...Com que "abada" eu vou pro carnaval que você não me convidou?”.

Jonathas Monteiro do Carmo
Disciplina: Antropologia e Educação
Prof.: Lúcia Góes
Data: 10/03/2009

REF.
Muito – Suplemento do jornal “A Tarde”, 22/02/09 – entrevista com Jaime Sodré.
www.institutofeminino.org.br
www.amatras5.org.br/amatras5/noticias
www.museuhistorianacional.com.br

GCOMPRIS

O GCompris é um programa educativo que apresenta atividades variadas para crianças dos 2 aos 10 anos.



As atividades são por vezes de carácter lúdico, mas sempre pedagógicas. Encontrará atividades nos seguintes domínios:

- descoberta do computador: teclado; mouse; os movimentos do mouse;...
- matemática: revisão da tabuada; contagens; tabuada de dupla entrada; simetria;...
- ciências: a electricidade; a comporta; o ciclo da água; o submarino;...
- geografia: colocar os países sobre um mapa
- jogos: quebra-cabeças, xadrez, memória,...
- leitura: práticas de leitura
- outro: leitura da hora; pinturas famosas sob a forma de puzzle; desenho vetorial;...

Em suma, o GCompris apresenta mais de 100 atividades e continua a evoluir. O GCompris é um programa livre, pelo que lhe é possível adaptá-lo às suas necessidades ou melhorá-lo e, porque não?, beneficiar assim as crianças de todo o Mundo.
Adaptado do site oficial.

O funcionário da prefeitura de Silva Jardim formado em Sistemas de Informação, Marcelo Massao, fez uma apresentação no III ENSL (Encontro Nordestino de Software Livre) sobre o uso do GCompris como ferramenta no ambiente educacional, mostrando um caso de sucesso.

O GCompris foi utilizado no programa de inclusão digital de Silva Jardim e o software foi bem recebido pelos alunos, que não só aprenderam a utilizar o computador mais rapidamente do que o normal, ao mesmo tempo em que se divertiam e aprendiam sobre conhecimentos em geral. Além do GCompris outros softwares foram utilizados no programa, como a suíte de ferramentas educativas KDE Edu e o sistema operacional nacional Ekaaty Linux. Confira os slides da apresentação:


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MOODLE

Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment - Moodle é um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. A expressão designa ainda o Learning Management System (Sistema de gestão da aprendizagem) em trabalho colaborativo baseado nesse programa. Em linguagem coloquial, o verbo to moodle descreve o processo de navegar despretensiosamente por algo, enquanto fazem-se outras coisas ao mesmo tempo.

O conceito foi criado em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num curso on-line à sua escolha. Nas palavras do próprio Dougiamas, baseando-se na pedagogia sócio-construtivista [...]


Muitas instituições de ensino (básico e superior) e centros de formação estão adaptando a plataforma aos próprios conteúdos, com sucesso, não apenas para cursos totalmente virtuais, mas também como apoio aos cursos presenciais. A plataforma também vem sendo utilizada para outros tipos de atividades que envolvem formação de grupos de estudo, treinamento de professores e até desenvolvimento de projetos. Muito usado também na Educação a distância. Outros sectores, não ligados à educação, também utilizam o Moodle, como por exemplo, empresas privadas, ONGs e grupos independentes que necessitam interagir colaborativamente na Internet.

Excerto extraído da Wikipédia.

LIVEMOCHA, APRENDENDO IDIOMAS DE GRAÇA

"Livemocha é a comunidade de aprendizado de idioma maior do mundo com mais de 4 milhões de membros! Projetado para todos os idiomas e níveis de habilidade, Livemocha oferece opções de aprendizado gratuitas [...] que realmente funcionam - e faz do aprendizado de idiomas uma atividade social e divertida!"

O usuário do site, ao se inscrever informa qual o seu idioma nativo e daí em diante ele pode corrigir os exercícios feitos por aqueles que querem aprender o seu idioma, ao passo que os exercícios que o usuário fizer também serão corrigidos por outros usuários, falantes nativos daquele idioma.

O aprendizado se dá através de forma intuitiva: o site mostra uma figura com uma legenda e reproduz o som de uma pessoa lendo a legenda, então o usuário associa a imagem a uma idéia. Há também exercícios de memorização, escrita e pronúncia.

Nenhum dos cursos disponíveis no site necessita de um professor: o LiveMocha entra com o material e os usuários fazem todo o resto. Ainda assim, no caso de dúvidas, alguns professores do staff tiram dúvidas por chat.

O endereço do site é www.livemocha.com.

Fonte: LiveMocha

PRA QUE SERVE UMA MONOCOTILEDÔNEA?



Palestra final da terceira edição do projeto Descolagem realizado no NAVE (www.nave.oi.com.br) em 22 de novembro de 2008 com curadoria de Beto Largman em parceria com o instituto Oi Futuro sobre mídias sociais e a escola no século XXI.

O palestrante, Luli Radfahrer, é Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, de onde também é professor há mais de dez anos.

ARTIGO DE VANI KENSKI

TECNOLOGIAS DIGITAIS E A UNIVERSALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO

Profª. Dra. Vani M. Kenski
USP/ SITE Educacional


Em um mundo em constante mudança, a educação escolar tem de ser mais do que uma mera assimilação certificada de saberes, muito mais do que preparar o consumidor ou treinar pessoas para a utilização das tecnologias de informação e comunicação. A escola precisa assumir o papel de formar cidadãos para a complexidade do mundo e dos desafios que ele propõe. Preparar os cidadãos para lidarem criticamente com o excesso de informações e com a mudança. As transformações sucessivas dos conhecimentos em todas as áreas; o surgimento de novos perfis profissionais; o tempo curto de existência de novas e promissoras profissões; e a fragilidade em que se encontram conquistas sociais tradicionais - como o trabalho assalariado - requer a formação de novas habilidades para saber conviver em permanente processo de transformação.

O desenvolvimento científico e tecnológico, sobretudo da indústria eletroeletrônica, tem sido associado ao processo de globalização da economia. Estar fora dessa nova realidade social - chamada de Sociedade da Informação – é estar alijado das decisões e do movimento global da economia, finanças, políticas, etc... das informações e interações com todo o mundo. A sociedade excluída do atual estágio de desenvolvimento está ameaçada de viver em estado permanente de dominação, subserviência e barbárie.

Há mais de uma década, diversos países têm procurado elaborar políticas públicas que orientem a inserção da nação nessa nova sociedade. No Brasil, esse programa foi lançado em 1999 (www.socinfo.gov.br) , tendo sido elaborado um documento com a participação de profissionais de várias áreas do conhecimento e vários setores – público, provado e terceiro setor – e instituições: o Livro Verde da Sociedade da Informação no Brasil, ou simplesmente, o Livro Verde (Pretto, 2002). Nele são apresentadas as bases para a discussão de um novo projeto de sociedade em todas as áreas: educação, mercado de trabalho, serviços, identidade cultural, governo, etc...

Em relação à função de educar para a Sociedade da Informação, de acordo com o "Livro Verde", "trata-se de investir na criação de competências suficientemente amplas que permitam ter uma atuação efetiva na produção de bens e serviços, tomar decisões fundamentadas no conhecimento, operar com fluência os novos meios e ferramentas em seu trabalho, bem como aplicar criativamente as novas mídias, seja em usos simples e rotineiros, seja em aplicações mais sofisticadas. Trata-se também de formar os indivíduos para "aprender a aprender" de modo a serem capazes de lidar positivamente com a contínua e acelerada transformação da base tecnológica".

Pensar a educação na sociedade da informação, conforme apresenta o Livro Verde, "exige considerar um leque de aspectos relativos às tecnologias de informação e comunicação. A começar pelos papéis que elas desempenham na construção de uma sociedade que tenha a inclusão e a justiça social como uma das prioridades principais".

A Sociedade da Informação está preocupada com o uso amplo de tecnologias digitais interativas em educação. No Brasil, a preocupação é a de que o uso intensivo dessas tecnologias possibilitem a democratização dos processos sociais, a transparência de políticas e de ações do governo, a mobilização dos cidadãos e sua participação ativa nas instâncias cabíveis. Para garantir o alcance desses objetivos, as proposições do Livro Verde sobre a relação entre educação e as tecnologias de comunicação e informação é de que estas "devem ser utilizadas para integrar a escola e a comunidade, de tal sorte que a educação mobilize a sociedade e a clivagem entre o formal e o informal seja vencida".

O uso das tecnologias em educação, na perspectiva orientada pelos propósitos da Sociedade da Informação no Brasil, exige a adoção de novas abordagens pedagógicas, novos caminhos que acabem com o isolamento da escola e a coloquem em permanente situação de diálogo e cooperação com as demais instâncias existentes na sociedade, a começar com os seus próprios alunos.

A escola não vai perder sua posição de instituição social e educacional, mas vai ampliar a sua missão para que possa "responder a uma pluralidade de mandatos sociais (de instrução, de socialização, de profissionalização, de participação cívica, de formação ética, de desenvolvimento estético,...), subordinando-os não apenas ao referente econômico (formar recursos humanos, fatores de produção), mas ao desenvolvimento das pessoas, qualquer que seja a sua idade, qualquer que seja o momento em que procuram o ensino e a formação” (Azevedo).

A educação escolar não deverá servir apenas para a preparação das pessoas para o exercício das funções sociais e a sua adaptação às oportunidades sociais existentes, ligadas à empregabilidade, cada vez mais fugaz. Não estará voltada também para a exclusiva aprendizagem instrumental de normas e competências ligadas ao domínio e fluência no emprego de equipamentos e serviços, como simples usuários. A escola deve antes se pautar pela intensificação das oportunidades de aprendizagem e autonomia dos alunos em relação a busca de conhecimentos, da definição de seus caminhos, da liberdade para que possam criar oportunidades e serem os sujeitos da sua existência.

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) e o ciberespaço, como um novo espaço pedagógico, oferecem grandes possibilidades e desafios para a atividade cognitiva, afetiva e social dos alunos e dos professores de todos os níveis de ensino, do jardim de infância à universidade. Mas para que isso se concretize é preciso olhá-los de uma nova perspectiva. Até aqui, os computadores e a internet têm sido vistos, sobretudo, como fontes de informação e como ferramentas de transformação dessa informação. Mais do que o caráter instrumental e restrito do uso das tecnologias para a realização de tarefas em sala de aula é chegada a hora de alargar os horizontes da escola e dos seus participantes, ou seja, de todos.

O que se propõe para a educação de cada cidadão dessa nova sociedade é não apenas formar o consumidor e usuário de tecnologias cada vez mais distintas, mas que todos tenham condições de também serem criadores, autônomos e críticos em suas aprendizagens e escolhas, podendo até mesmo serem produtores e desenvolvedores de tecnologias. Mais ainda, que possam não apenas aprender a usar e produzir, mas também interagir e participar socialmente. E, deste modo, integrar-se em novas comunidades e criar novos significados para a educação num espaço muito mais ampliado. Sair da sala de aula e alcançar o mundo.
Como diz o professor João Pedro da Ponte, "a sociedade e as tecnologias não seguem um rumo determinista. O rumo depende muito dos seres humanos e, sobretudo, da sua capacidade de discernimento coletivo. O problema com que nos defrontamos não é o simples domínio instrumental da técnica para continuarmos a fazer as mesmas coisas, com os mesmos propósitos e objetivos, apenas de uma forma um pouco diferente. Não é tornar a escola mais eficaz para alcançar os objetivos do passado. O problema é levar a escola a contribuir para uma nova forma de humanidade, onde a tecnologia está fortemente presente e faz parte do quotidiano, sem que isso signifique submissão à tecnologia". As tecnologias podem contribuir de modo decisivo para transformar a escola em um lugar da exploração de culturas, de realização de projetos, de investigação e debate.


Referências

AZEVEDO, J. “a educação básica e a formação profissional face aos novos desafios econômicos” in http://www.campus-oei.org/administracion/azevedop.htm (25/02/04).

KENSKI, Vani M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. Campinas. Ed. Papirus. 3ª. ed. 2006.

PONTE, João P. Tecnologias de informação e comunicação na formação de professores: Que desafios? In: http://www.campus-oei.org/revista/rie24a03.htm (25/02/04)

PRETTO, N. Desafios para Educação a distância na era da informação : o presencial, a distância, as mesmas políticas e o de sempre. In BARRETO, Raquel (org.). tecnologias educacionais e educação a distância : avaliando políticas e práticas. Rio de Janeiro, Ed. Quartet, 2002.

TAKAHASHI, T. (coord.) Livro Verde da sociedade da informação no Brasil. MCT/BRASIL. 2001. http://www.socinfo.org.br/livro_verde/download.htm (20/02/04)

PEDAGOGIA NO BLOG

"Deve-se ler pouco e reler muito. Há uns poucos livros totais, três ou quatro, que nos salvam ou que nos perdem. É preciso relê-los, sempre e sempre, com obtusa pertinácia. E, no entanto, o leitor se desgasta, se esvai, em milhares de livros mais áridos do que três desertos."
NELSON RODRIGUES

PROFESSOR: PROFISSÃO DO FUTURO


PROFESSOR: PROFISSÃO DO FUTURO
“A longa jornada se inicia no primeiro passo.”

(dito popular)



"Deus te abençoe, filhinho, vai pra escola, seja educado e respeitador, honra teu mestre." Mestre? Onde é que tem um mestre no Brasil pra que eu lhe beije as mãos? (...). Não quero dar aulas, ó meu Deus, me livra desta aflição, me deixa dormir, me deixa em paz, aula de nada, (...) eu não quero dar. Falo e me aflijo porque sei que não tem outro caminho senão começar de baixo, de trás, do fim da história, quando Deus pega Adão e lhe mostra as coisas, lhe deixa dar nome às coisas, lhe deixa, deixa, ruminando seu espanto, sua alegria, sua primeira palavra... Ó senhor presidente, ó senhor ministro, escuta: o menino foi à aula e escreveu à sua mãe: estou desesperado. Escuta quem tenha ouvidos: os meninos do Brasil fenecem entre retórica, montanhas de papel e medo.”.

O escrito acima é de Adélia Prado no seu livro: "Solte os cachorros"(1979). Que bem se aplica ao fato de que a educação se transformou num produto de uma indústria de bens de consumo, voltada para os interesses da economia de mercado, obrigando os consumidores/alunos a se submeterem a utilização de métodos de ensino e princípios descartáveis, sem respeitar a individualidade e a diversidade entre pessoas, além de não levar em conta as características individuais dos alunos, sequer busca condições de aprofundar o conhecimento propriamente dito.

No ano de 2000 sobre pressão de parte da população, foi criado o Plano Nacional de Educação – PNE, cujo objetivo, obrigar que o Brasil disponibiliza-se 10% do seu PIB anualmente até 2010 para melhorias na educação. Mas o sociólogo, professor da Sorbonne, escritor, educador: FHC simplesmente vetou os 10% do PIB. Mais uma vez o que vimos foi o futuro do país ser engavetado. Não é necessário ser pedagogo ou profissional da educação para entender que grande parte das ações voltadas à educação no Brasil, está na contramão da história. Em muitos países de primeiro mundo a educação é prioridade, porque através dela é que se formam cidadãos críticos e exigentes perante o governo de sua pátria. A educação é o melhor investimento para tirar o país do atraso em que se encontra. Os políticos e governantes brasileiros deveriam ter a consciência de que só através da educação de melhor qualidade alcançaremos progresso cultural, social e econômico. (Site da UNESCO: www.brasilia.unesco.org, Site do MEC: www.mec.gov.br).

Segundo a UNESCO o descaso com a educação no Brasil está à mostra para todo o mundo ver. Levando-se em consideração 45 países, cujos índices de repetência são superiores a 10%, o Brasil, com taxa de 21% está entre 15 países, a maioria da África e do Caribe. O MEC, órgão federal responsável pela educação, divulga que os prejuízos financeiros que essa “educação” está trazendo, com a atual taxa de repetência de 24% no ensino fundamental. O Brasil leia-se: “NÓS”, temos que desembolsar R$ 7 bilhões por ano para cobrir o descaso com o futuro da nação.

A educação em nosso país necessita de uma perspectiva que seja tão realista quanto o momento em que vivemos, de políticas que sejam duradouras, com garantia de que teremos investimentos e propostas sérias e relevantes na área educacional, para que possamos em um futuro breve viver uma realidade que levem o Brasil a uma condição político-social menos excludente. Há necessidade de que os conceitos de educação sejam acompanhados de ações na prática.


Para que estas ações se tornem realidade, devemos estimular os estudantes a desenvolverem o pensamento crítico e o raciocínio lógico. Criemos condições dos alunos se perceberem como agentes transformadores, sob pena de num futuro não muito distante ver seu próprio país transformar-se em campeão mundial de analfabetos funcionais. Título que não engrandece nenhuma nação, pelo contrário.

Refletindo a respeito da educação praticada no Brasil, e aquela que nós gostaríamos que realmente estivesse sendo praticada, vem à mente uma resposta ouvida há tempos, de um pai a uma pergunta do seu filho: A profissão do futuro – meu filho – é tão antiga e tão atual. A profissão do futuro é professor!

Autor: CARMO M. Jonathas, estudante do 1º semestre – 2009.2 de Pedagogia das Faculdades Integradas Ipitanga – UNIBAHIA. Setembro de 2009.